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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Cinemateca, 70 anos de história

Cinemateca faz sua história
A maior instituição dedicada ao cinema da América Latina, completa 70 anos em 2010. A casa guarda e preserva a o maior acervo cinematográfico da sétima arte em terras latinas.

Por Giovana Torres Pessoa e Beatrice Morbin


Você sabia que existe uma instituição encarregada pela preservação da produção audiovisual brasileira? Sim, existe é a Cinemateca brasileira. Ela é responsável por preservar, em imagens, diversos elementos da cultura, sobretudo a brasileira e completa 70 anos este ano. Apesar da idade avançada, é referência internacional e contém o maior acervo audiovisual da América Latina. “Aqui a gente guarda, preserva e mostra a arte audiovisual”, explica a educadora e guia da instituição, Adriana Conrrado. “além de promover uma série de eventos e manter sempre uma programação diferenciada e com trabalhos educativos”, completa.

Criada em 1940 por jovens amantes do cinema e estudantes de filosofia da Universidade de São Paulo, que  tinham o “hobby” de assistir e guardar filmes da época. “Com o tempo eles acumularam tantos rolos que não tinham mais onde guardar”, conta Adriana guia da cinemateca. “Até que foi incorporada ao governo federal como um órgão do então Ministério de Educação e Cultura e encontrou espaço para armazenar seu arquivo no Museu de Arte de São Paulo, em 1949”, explica. Ela nos conta ainda que só em 1957 a cinemateca “foi parar onde está”, o prédio foi construído para abrigar um matadouro, mas com o crescimento populacional da região da Vila Madalena, a população, incomodada com o mau cheiro e os transtornos relacionados à atividade, logo foi retirado do local, que ficou mais de quarenta anos fechado. “Após esse período o prédio foi tombado como patrimônio histórico”, revela. Com isso abriu-se espaço para a cinemateca, que reformou e adaptou a casa para as atividades que realiza.

O Acervo conta com mais de 250 mil rolos de filmes, o que equivale a mais de 35 mil títulos e acredite, o acesso a esses filmes é gratuito e, apesar de não se tratar de uma distribuidora, o acervo pode disponibilizar cópias para outras instituições. Mas ela desempenha uma série de atividades que vão muito além de guardar e disponibilizar essas informações. Além de promover uma série de mostras, festivais, seminários e cursos sobre cinema, a equipe realiza todo um trabalho de recuperação e preservação das obras. O laboratório de Imagem e Som, da instituição, é referência no assunto e está “apto a lidar com filmes deteriorados e com alto grau de  danificações com tecnologia de ponta e cuidado extremo”, explica a assessora Mariana Pestana. “Uma obra só é considerada preservada quando restaurada, digitalizada e copiada em em DVD, VHS, matique e beta. Essas duas últimas são formatos usados por profissionais”, completa Adriana. “Todo esse material precisa ser registrado, catalogado e guardado em ambiente apropriado, pois os filmes não ‘gostam’ nem de calor, nem de humidade, pois em condições não apropriadas os danos podem ser irreversíveis”, explica. Todas as informações, sobre os filmes do acervo está facilmente acessível na rede, pelo site www.cinemateca.com.br.

Ao longo destes setenta anos a Cinemateca também foi responsável pelo arquivamento do maior acervo de imagens em movimento da América Latina, com patrocínio de grandes empresas e esforço dos familiares dos artistas ou mesmo amantes do cinema e pesquisadores interessados na preservação desta arte. No acervo constam longas, curtas e cinejornais, além de fotografias tiradas durante as filmagens, cartazes de divulgação, filmes publicitários e registros familiares, nacionais e estrangeiros, produzidos desde 1958. A Cinemateca também possui um vasto acervo de documentos que englobam livros, revistas, roteiros originais, fotografias e cartazes, todos disponíveis a todo e qualquer usuário que queira saber mais sobre a sétima arte.

Quando nossa equipe esteve lá pudemos ver três curtas, com uma proposta bastante alternativa. O primeiro foi A Velha a Fiar, bastante citado, é referencia no cinema nacional e pouco conhecido pelas pessoas comuns. Gravado no Rio de Janeiro, em 1964, com poucos recursos de edição, revela a criatividade do ser humano. “Não é todo dia que vemos filmes tão diferentes”, diz Matheus, aluno do primeiro ano do colégio Vieira. “Além de engraçado nos leva a refletir sobre o cotidiano daquela época e as coisas da vida”, completa. O segundo filme, cartão vermelho, é um curta de Lais Bodanzky – mesma diretora de O Bicho de Sete Cabeças - com uma trama bastante pesada, mostra a descoberta da sexualidade no mundo de Fernanda, uma garota que ainda gosta de jogar futebol com os meninos no momento em que é surpreendida pelos desejos da adolescência. E por último conhecemos a animação caricata de Rafael Terpins, A Guerra do Vinil, que fala sobre a superação do DJ Air em enfrentar seus medos e mostrar todo seu talento para o público. A programação pode ser acompanhada pelo site. Além disso, no saguão, havia a exposição de Roman Polanski, um dos principais cineastas franco-poloneses.

Para a professora do segundo gra, Ana Paula, que levou seus alunos para uma visita à cinemateca, essa é a “oportunidade que os alunos tem de obter uma relação diferente com o cinema, mais artística e representativa que o cinema comercial”, explica.  “Tomar conhecimento do próprio cinema brasileiro é fundamental”, argumenta Francisco Raimundo Santos, também professor do ensino médio, “e é uma forma de trabalhar o audiovisual na educação, já que hoje o jovem não tem tanto interesse em leitura, é uma forma de atraí-los.”, afirma. Para ele, a partir do momento em que os alunos tomam conhecimento da própria cultura, poderão enxergar o cinema de outra forma e somente assim poderão “se apropriar de suas raíses” e saberão dar valor. Sobre a cinemateca diz ainda “é muito importante que exista essa estrutura que conserva toda a história, a memória do país, através da arte”, completa.

domingo, 25 de julho de 2010

Delicias de inverno!!! Hummm

Oi Pessoal! Fiz uma matéria, junto com a jornalista Rita Trevisan, para o site da fiat  (www.clubelunico.com.br). São sopas deliciosas para saborear nesse inverno, com um toque de chef
!!!

Sopas gourmet

Elaborada com ingredientes inusitados e acompanhada de um bom vinho, a sopa pode render um jantar dos mais sofisticados. Como se não bastasse, é a opção perfeita para espantar o frio nas noites geladas de inverno. Anote algumas receitas
Rita Trevisan e Giovana Pessoa

SOPA DE CEBOLA COM ALECRIM (foto)
Ingredientes
1 kg de cebola
1 litro de água
1 tablete de caldo de frango dissolvido em 1/2 litro de água
1 colher (sopa) de manteiga
1 colher (sopa) de farinha de trigo
1 maço pequeno de alecrim
100g de massa folhada
1 gema de ovo
Sal e pimenta a gosto

Preparo
Corte as cebolas em rodelas e, em uma panela, doure-as na manteiga, em fogo baixo. Em seguida, acrescente a farinha e o alecrim inteiro e mexa bem. Depois, despeje a água e o caldo de frango, deixando ferver até que a cebola murche um pouco. Então, desligue o fogo, retire o alecrim e corrija o tempero com sal e pimenta a gosto. Antes de servir, coloque a sopa em uma tigela e recorte a massa folhada exatamente no formato da travessa. Pincele dos dois lados e cubra a sopa com a massa. Leve ao forno até dourar.


COGUMELOS COM ALHO PORÓ
Ingredientes
1 xícara de cogumelo Paris
1 xícara de cogumelo Shimeji
1 xícara de cogumelo Shitake
2 dentes de alho
1/2 de cebola
1 colher (sopa) de azeite extravirgem
1 cebola
1 abobrinha
1 cenoura
1 talo de salsão
1 litro de água
Salsinha, sal e pimenta a gosto

Preparo
Corte em cubos grandes a cebola, a abobrinha, a cenoura, o salsão e leve tudo ao fogo baixo, em uma panela com água. Em seguida, junte a salsinha e deixe descansar por 2 horas. Coe e reserve o caldo. Depois, corte os talos dos cogumelos em lâminas. Em outra panela, refogue a cebola e o alho no azeite e acrescente os cogumelos. Deixe secar a água e adicione o caldo. Antes de servir, desligue o fogo e tempere com sal e pimenta.


PUPUNHA COM RICOTA DEFUMADA
Ingredientes
2 xícaras de palmito pupunha picado em conserva
1 xícara de leite desnatado
1 colher (sopa) de requeijão light
1 colher (sopa) de ricota defumada
Salsinha para decorar
Sal e pimenta a gosto

Preparo
Bata o palmito e o leite no liquidificador até obter uma pasta homogênea. Despeje a mistura em uma panela e leve ao fogo baixo por 5 minutos. Em seguida, desligue e adicione o requeijão. Mexa bem, acerte o tempero com sal e pimenta, salpique a ricota e a salsinha por cima.


ABÓBORA COM CARNE SECA
Ingredientes
1 kg de abóbora
1/2 cebola
1 dente de alho
1 tablete de caldo de legumes dissolvido em 1/2 litro de água
2 xícaras de carne seca desfiada
2 colheres (sopa) de manteiga
Salsinha para decorar
Sal e pimenta a gosto

Preparo
Em uma panela, refogue o alho e a cebola com 1 colher de manteiga, em fogo baixo, até dourar. Em seguida, acrescente a abóbora descascada e picada em cubos, o caldo de legumes e cozinhe por aproximadamente 10 minutos. Depois, bata todos os ingredientes no liquidificador. À parte, refogue a carne seca com 1 colher de manteiga, sal e pimenta a gosto. Por último, acrescente a carne seca desfiada ao creme batido. Antes de servir, polvilhe com salsinha para decorar.


MANDIOCA COM ERVAS
Ingredientes
4 mandiocas
2 batatas
1 cenoura
1 litro de água
1 cebola
1 tablete de caldo de carne dissolvido 1 litro de água
1 dente de alho amassado
300g de carne moída
Orégano, manjericão, salsinha, cheiro verde, sal e pimenta a gosto

Preparo
Pique a mandioquinha, a batata e a cenoura em cubos e cozinhe-as na água com sal. Quando estiverem macias, retire-as do fogo e escorra. Reserve. Em seguida, bata no liquidificador os legumes cozidos e o caldo de carne. À parte, refogue o alho e a cebola e, quando estiverem dourados, acrescente a carne moída. Tempere com orégano, manjericão, salsinha, cheiro verde, sal e pimenta. Misture bem. Espere até que a carne esteja cozida, abaixe o fogo e acrescente a mistura do liquidificador. Deixe cozinhar por mais 10 minutos.

Consultoria: Chefs Alain Uzan, Cacilda Neves, Fernanda Guelli e Jucinélia Santos.


Foto: Carolina Peres | Felix Bistrot (São Paulo)