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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Revista Atrevidinha - Muito além das Pirâmides

O Egito tem cidades grandes e modernas, como São Paulo, mas também guarda monumentos de quase 5 mil anos! E é essa mistura que faz o país ser tão rico e interessante

Por Rita Trevisan e Giovana Pessoa / Ilustração: Isabela Santos


 

DE GRAVATA NO VERÃO
Acredita que, em alguns lugares do Egito, durante o ano, a temperatura chega aos 45 graus no meio do dia? O detalhe é que, por causa da religião da maioria das pessoas por lá, o Islamismo, a galera não pode nem pensar em sair de short e miniblusa. Que nada! A regra é cobrir totalmente os ombros e os joelhos. Então, no dia a dia, muita gente usa a Galabeya. É como se fosse uma túnica, ou vestido, geralmente enfeitado e colorido, mas que, apesar de comprido, é bem leve e fresquinho. É claro que também rola jeans e camiseta, como aqui no Brasil. Nossa, mas dá calor só de pensar, né?
E tem mais: nas escolas, não entra quem estiver de uniforme basiquinho. Em grande parte dos colégios, ainda é comum que os meninos sejam obrigados a vestir calça social, camisa e gravata. E as meninas também usam gravata e camisa, mas combinando com uma saia.

BALADA EGÍPCIA
Agora, se tem uma coisa que os egípcios gostam de fazer é festejar! Quando acontece um casamento, por exemplo, é esperado que o noivo e a noiva desfilem em carros abertos pela cidade, enfeitados com flores e fitas, da forma mais luxuosa possível, antes da cerimônia. Depois disso, os convidados são recebidos pelo Zaffe, grupo de dançarinos e músicos que acompanha a entrada dos pombinhos no local da festa. Quando chega lá, o casal tem de se sentar no Kosha, uma espécie de trono, pois eles são considerados os reis da (*) festa. É só então que os convidados começam a brindar e que acontece a troca de alianças convencional. E, por falar em festa, é nas reuniões de amigos que o pessoal costuma servir um lanchinho chamado Shawarma. Ele é feito com pedaços de carne de cordeiro assada (como no churrasco), salada e molhos, tudo enroladinho no pão sírio (aquele redondo e bem fininho). É mais ou menos como o cachorro-quente aqui do Brasil: barato, fácil de fazer e bem popular entre os convidados.

DORMIR? SÓ DEPOIS DAS TRÊS!
Seus pais reclamam quando você quer ficar acordada até tarde? Pois saiba que, no Egito, até mesmo as crianças pequenas podem ir pra cama em plena madrugada. Lá, as escolas e o trabalho não começam antes das 9h30. Em compensação, as aulas vão até as 15h, mais ou menos.
Só que o mais bacana ainda está por vir: imagine que tirar uma sonequinha à tarde é um costume muito forte no Egito. Então, é supernormal encontrar lojas e restaurantes fechados nesse período. A galera vai pra casa, afofa o travesseirinho e tira o sono atrasado. Depois, à noite, dá mais uma trabalhadinha. E dorme quando a noite já está alta, lá pelas 3h.
Outra curiosidade é que, também por conta da religião, nas famílias mais tradicionais não existe essa história de ficar e nem de namorar, que é aceita na boa por aqui. Lá, são os pais dos noivos que arranjam o casamento e, até o dia da festa que oficializa a união, o casalzinho não pode sequer se tocar. Beijar e abraçar, então, nem que a vaca tussa!


SÓ PRA SABER
As pirâmides foram feitas pelos egípcios há muito tempo, por volta de 2550 a.C. São construções imensas e serviam para guardar o corpo e os tesouros dos faraós, depois da morte. Mas o que até hoje deixa os pesquisadores com a pulga atrás da orelha é o fato de o povo do lugar ter sido capaz de erguer estruturas tão grandes e resistentes numa época em que a tecnologia era muito precária. Para você ter uma ideia, esses monumentos estão em primeiro lugar na lista das sete maravilhas do mundo antigo, mas são as únicas que resistiram, intactas, à passagem do tempo.



Quem deu as informações: Cássio de Araújo Duarte, pesquisador do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo. Julio Gralha, professor de História Antiga e Medieval da Universidade Federal Fluminense.

Revista Atrevidinha - Reta Final

Se você passou o ano todinho na corda bamba e agora está morta de medo de repetir, a recuperação é a sua última chance. E aí vão algumas dicas de como aproveitá-la ao máximo, para salvar seu boletim!

Por Rita Trevisan e Giovana Pessoa
http://atrevidinha.uol.com.br/atrevidinha/beleza-idolos/79/reta-final-se-voce-passou-o-ano-todo-na-189960-1.asp




Não tem jeito: basta a gente dar uma vacilada nos estudos e lá vem o boletim com o resultado. E o pior é que, quando as notas vermelhas são muitas, o volume de matérias para rever - e tentar entender! - é enorme. E aí desanima só de pensar... Mas uma coisa é fato: é melhor pegar pesado agora, para passar na boa, do que ter de repetir, ano que vem, todas as lições e trabalhos que já fez este ano.

PRIMEIRA FILEIRA, aí vou eu!
Já reparou como os bons alunos ficam sempre pertinho do professor? Saiba que não é por acaso! "Ali, fica difícil se distrair com os outros colegas, já que você está vendo apenas a lousa na sua frente", explica a orientadora educacional do Colégio Presbiteriano Mackenzie, Eleir Evangelista. Na cara do prófi, suas amigas também vão pensar duas vezes antes de chamá-la para contar as últimas fofocas, atrapalhando a sua concentração. E daí você aprende e fixa o conteúdo que está sendo passado sem fazer tanto esforço. "O que mais me atrapalhou na escola foi a falta de atenção durante as aulas. Depois, para compensar e tirar boas notas, tive de estudar em dobro. Não vale a pena", ensina a leitora Laís Souza Fonseca, de 13 anos.

Lá EM CASA
Agora, não basta apenas grudar os olhos no professor e seguir todos os passos do moço. É fundamental que, ao chegar em casa, você faça as lições, que são um jeito eficiente de estudar e de descobrir as dúvidas que ainda restaram. "Outra boa estratégia é pedir ao professor que indique uma lista de exercícios adicionais, sobre aquele assunto em que tem mais dificuldade", sugere Rosana Solha, coordenadora educacional do Colégio São Luis. Revendo em casa o que já aprendeu na classe, você também dá uma forcinha para a memória e grava os conteúdos com mais facilidade. Ou seja, pode ter certeza de que tanta dedicação vai ser recompensada quando a hora do teste chegar!

SEM dúvida!
Sempre que alguma coisa que o professor falou não fizer sentido pra você, pergunte. Nada de levar aquela questão mal resolvida pra casa, combinado? Então, se você é tímida que só vendo, tente conversar com o professor a sós, depois da aula. Ou, então, anote a dúvida num papel e dê um jeitinho de entregar a ele, pedindo que a responda em classe, mas sem citar seu nome. Se tiver o e-mail dele, melhor ainda: é só mandar uma mensagem! Assim, os outros alunos nem vão ficar sabendo. "O importante é ter em mente que os conteúdos passados durante a aula são cumulativos. Às vezes, uma dúvida que parece boba pode atrapalhar, lá na frente, o entendimento de algo maior e muito mais complicado", diz a professora Rosana.

De olho NO RELÓGIO
Para recuperar o tempo perdido, em que deixou de fazer tarefas, trabalhos ou mesmo de rever a matéria antes da prova, você vai precisar de muita disciplina. Isso significa que terá de estabelecer intervalos para estudar, todos os dias, até o exame final. E ainda vai ter de seguir essa sua programação bem à risca. "Assim que perceber a sua dificuldade na matéria, ou depois de receber a prova com a nota baixa, já comece a estudar um pouquinho por dia. Ou as coisas vão acabar se acumulando na véspera das provas. E aí bate aquele nervosismo todo... Fica bem mais difícil de dar conta do que é preciso", alerta a leitora Caroline Muniz, de 13 anos. "Eu estudava pelo menos duas horas por dia, intercalando as matérias. Se hoje era o dia de matemática, deixava o português para amanhã, para não confundir os assuntos", dá a dica a leitora Luara Karina, de 12 anos.

GALERA em ação
Ao descobrir que se deu mal numa prova, conte imediatamente aos seus pais. "A pior coisa pra mim, quando fiquei sabendo que estava de recuperação, foi pensar na cara que meus pais iam fazer quando soubessem daquilo. Mas não teve jeito: me abri para poder contar com a ajuda deles. Eles entenderam e, a partir daí, tudo ficou mais fácil", conta a leitora Luara. Além de pedir um help aos pais, vale apelar para outros parentes e até amigos que você sabe que conhecem bem aquela matéria. Foi o que fez a leitora Giovana. "Pedi a uma amiga que estudasse comigo, antes das provas, porque ela sempre tirava notas boas no colégio. E deu certo, ela me ajudou muito", lembra. Para a leitora Isabela Pierezan, aproximar-se do professor da matéria em que você foi mal também é uma boa pedida. "É legal ter respeito pelo professor, pedir dicas de como ir bem na matéria, falar sobre as suas maiores dificuldades, ou seja, contar com ele. Com isso, você vai ganhando a simpatia do professor. E aí, se ainda precisar de uns pontinhos pra fechar a nota, no final, pode ter certeza de que ele vai dar", diz. A orientadora educacional do Colégio Dom Bosco, Francisca Fauw, também acha que alunos e professores precisam ter uma relação próxima: "Não precisa ficar amiga do professor, se você não quiser. Mas é muito legal poder conversar abertamente com ele sobre a matéria, afinal, ele é um especialista no assunto", lembra. "Se perceber que está mesmo com muita dificuldade, a última alternativa é procurar um professor particular", sugere a leitora Laís.

NA HORA do exame
Se você fez a sua parte - na escola e em casa - para aprender tudo aquilo que não estava tão claro na sua cabeça, antes da recuperação, não há nenhum motivo para amarelar na hora H. O segredo, para evitar o famoso branco, é confiar em si, acreditando que realmente domina aquela matéria sobre a qual será testada. "Você tem de pensar que, se você estudou bastante, não tem como dar errado. Pode apostar!", garante a leitora Luara. 

Revista Atrevidinha - Xiii, esqueci!

Se essa frase é sua, então confira dicas de quem manja de boa memória para guardar as informações que você aprende todo dia

Por Rita Trevisan e Giovana Pessoa
é possível acessar também pelo site: http://atrevidinha.uol.com.br/atrevidinha/




Cada uma de nós tem mais facilidade para aprender de um jeito: algumas precisam escrever para guardar a informação, enquanto para outras, basta apenas ler algumas vezes o conteúdo em voz alta. E há, ainda, aquelas que preferem espalhar desenhos pelo quarto, pois guardam mais as imagens do que as palavras. Por isso mesmo, não há receita que funcione para todas as garotas na hora de memorizar. Mas existem estratégias que podem ajudar, principalmente com aquela matéria que você considera mais difícil. O segredo, para descobrir o que vai funcionar no seu caso, é testar as várias formas de estudar até perceber com qual delas aprende mais. Preparada? Con ra as dicas de alguns especialistas em memória, para usar em sala, antes e durante as provas.

Na sala de aula

PRESTE atenção. De verdade

O primeiro passo para guardar uma informação é entendêla direitinho. E isso exige concentração. Daí, se você quer aprender matemática, não dá para ficar pensando em como queria namorar o Justin Bieber, ou coisas do tipo, enquanto o professor fala. Tente acompanhar o raciocínio que ele está fazendo e, se a tarefa for difícil demais, levante a mão e pergunte.

ANOTE do seu jeito


Para facilitar seus estudos em casa, além de copiar o que o professor passou, anote também as coisas que ele disse na hora da explicação. É que, nesse momento, ele normalmente fala de um jeito bem fácil de entender. E tem mais: se achar que funciona pra você, faça esquemas com flechinhas e desenhos ao lado do texto. Vale tudo para tornar a matéria mais simples.

LEIA o caderno em casa

Você chega da escola doida para descansar e tirar umas horinhas de lazer com as amigas? Então, faça isso. Mas reserve também alguns minutinhos antes de terminar o dia para dar uma olhada, nem que seja rápida, no caderno. Assim, você não esquece mais o que aprendeu na aula, pois estará reforçando aquela mensagem, dando uma mãozinha à memória.


Antes da prova

PLANEJE seus estudos Pensa: vai ser dificílimo fazer a sua memória guardar, de um dia para o outro, o que você aprendeu em dois ou três meses, certo? Agora, se puder estudar um pouco por vez, vai memorizar muito mais. E uma boa técnica para isso é dividir o caderno em partes. Por exemplo, se você ainda tem dez dias, divida os textos do caderno em dez partes, como se fossem capítulos. Daí, a cada dia, marque o ponto em que vai começar e até onde precisa chegar. No dia seguinte, continue da parte em que parou.


DESLIGUE o computador, a TV e o rádio Tudo bem que você não quer perder seu programa favorito e nem a oportunidade de bater papo com as suas amigas no MSN. Mas se você se organizar, vai ver como dá tempo de curtir e também de cumprir com os seus compromissos. Basta focar em uma coisa de cada vez. Outra coisa: procure o lugar mais calmo e silencioso da casa para estudar. Isso porque mesmo a "conversaiada" da família poderá ser o suficiente para desviar sua atenção dos estudos o tempo todo.

FAÇA pequenas pausas Os especialistas garantem que, se a gente passar mais de 50 minutos estudando, direto, a concentração vai embora. Então, é legal fazer umas paradinhas, de pelo menos cinco minutos, a cada meia hora. Aproveite o momento para comer alguma coisa, brincar com o seu bichinho de estimação ou para fazer qualquer outra atividade que, para você, seja extremamente relaxante. Aí, poderá voltar cheia de energia para os livros, aproveitando muito melhor os estudos.

CONTE uma história a você mesma Também vale criar uma imagem bem curiosa na cabeça, se você achar que tem facilidade de memorizar assim. Tipo: você precisa saber que a molécula da água contém dois átomos de oxigênio e um de hidrogênio. Então, imagina uma história em que aparecem dois irmãos gêmeos chamados oxigênio e o melhor amigo deles, o hidrogênio. Os três resolvem ir a uma festa, mas, quando se juntam, desaparecem e o que surge no lugar deles é uma chuva muito forte. Parece absurdo? Tente criar outras histórias a partir de fatos que precisa guardar e vai ver como funciona!

FAÇA música Que tal colocar uma nova letra numa música que você curte muito, para lembrar o que precisa? Também vale inventar uma rima. Aí você grava e fica ouvindo no dia a dia, até decorar.

RESUMA. E, depois, escreva o resumo do resumo Se você é do tipo que precisa escrever para fixar, um bom exercício é resumir o conteúdo das aulas, destacando apenas os pontos principais. Depois, você pode tentar fazer o resumo do resumo, encontrando, no texto que já conhece, o que é realmente mais importante.

APRENDA a técnica do chiclete Deixe o que você precisa aprender à sua vista, o tempo todo! Um exemplo: você escreve aquela fórmula de química complexa até em pedaços de papel pink, bem chamativos. Depois, espalha esses lembretes pela casa: no espelho do banheiro, na porta do guardaroupa, no seu mural de fotos, na geladeira e por aí vai. Então, de tanto olhar pra ela, vai acabar memorizando, sem nem se dar conta disso.


Aff, deu branco!

PRA COMEÇAR, NÃO SE DESESPERE. O nervosismo só vai atrapalhar ainda mais
o seu raciocínio. Melhor que isso é tentar respirar profundamente e o mais devagar que
puder, por pelo menos três vezes. Depois, concentre-se na questão que precisa responder
e tente esquecer as suas amigas que já estão lá fora ou os planos da turma para depois da
aula. Leia o enunciado quantas vezes forem necessárias e, a partir daí, comece a fazer suas
anotações a lápis. Assim, mesmo que não saiba de pronto o que responder, vá marcando
na folha o que está conseguindo recuperar naquele momento e que tem a ver com o conteúdo
da prova. Pode ser que assim você ajude a sua mente a puxar da memória as informações
que estão guardadas lá.

Consultoria: Camile Maria Costa Corrêa, psicóloga. Rodrigo Pavão, mestre em neurociências. Márcia Chaves, coordenadora do Departamento Científico de Neurologia Cognitiva da Academia Brasileira de Neurologia. Silvio Luíz Mattos, autor do site www.memorizetudo.com.br.